quarta-feira, junho 25, 2008

25/06/1995


Há treze anos nascia um dos maiores filhos que o futebol.

Um fato marcante para todos os apaixonados pelo esporte mais popular do país. Naquele dia ímpar, 26/05/1995, o milagre seria acompanhado por 109.204 pessoas que transbordavam pelo maior do mundo, fazendo este pulsar de emoção na maior batalha que o Mário Filho teve o prazer de abrigar.

A massa estava lá. Ela tinha em seu escrete Sávio, Branco e até o melhor do mundo, o camisa 11, Ele: Romário.

Não apenas tinha uma constelação, como possuía o regulamento. Um simples empate daria o primeiro dos presentes no ano do centenário do clube mais querido do país.

A luta começa. Com ela uma chuva torrencial lavando a alma de 10 anos sem títulos do pavilhão tricolor. Resultado? Dois gols a zero logo no primeiro tempo. Renato e Leonardo foram os encarregados pela audácia.

Porém, a massa não satisfeita com o que acontecia em campo, começou a bradar ainda mais alto, ajudando a empurrar o time para frente. E não deu outra. Romário e Fabinho trataram de empatar a partida e enloquecer o RJ.

Aos 43 minutos do segundo tempo a conquista já era dada como certa, pois o Fluminense jogava com 9 guerreiros em campo. As pessoas já desciam dos morros, os chopps já eram tirados na máxima pressão pelas esquinas da cidade e o sorriso de '' eu já sabia'' já estava estampado na face rubro-negra por todo o estádio.

Amigos, o divino estava presente e ele se encarregou de transformar o sonho do centenário em pó... de arroz.

O restante da história todos já conhecem. Está eternizado na memória de todos os amantes do futebol.

Parabéns, Gol de Barriga. Você merece. Saúde, paz e felicidades. Muitos anos de vida.

sábado, junho 07, 2008

Cala-te, Boca!


Cala-te, Boca.

O estádio Mário Filho viveu mais um dia de glória nesta última quarta-feira. Meninos, rapazes e senhores unidos num só cântico pelo melhor time das Américas.

Ah, o Maracanã. O gigante pulsava de emoção nessa noite. ‘’Vivos, doentes e mortos’’ se uniram para empurrar o tricolor e consequentemente escrever mais um capítulo vitorioso na história do time das Laranjeiras. As arquibancadas pareciam não parar de cantar um só instante, um só segundo.

A missão era considerada impossível: repetir o feito de Pelé e eliminar o Boca Juniors da competição que é especialidade do time de La Bombonera. Porém, amigos, a vida e a libertadores são como uma caixa de bombons, pois nunca se sabe o que iremos pegar.

E por isso a tamanha arrogância dos xeneizes. Disseram não conhecer o Fluminense. E que a vitória nos dois jogos era questão de lógica. A imprensa hermana ridicularizava a equipe pó de arroz apesar de ter sido o melhor na primeira fase da competição.

‘’Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence’’.

Aí veio o jogo em Buenos Aires. ‘’Um susto. Dois a dois? Com um time que ficou 23 anos longe da competição sul-americana? Patético’’

Sim, amigos, esse tipo de prepotência o Fluminense conhece de perto. Já está acostumado a arrogância do velho urubu da gávea, mas no fim, na hora da decisão, o abate é certo. A mística Fluminense vence e transforma o sonho rubro-negro em pó.

Mas voltemos, pois o interessante ainda estava por vir.

Não é que os rubro-negros uniram-se aos insuportáveis gringos? Um Flamengo argentino. Fla-Boca. Só faltava o característico ‘’ Ai, Jesus’’ do rival carioca, porém os problemas estomacais de Roman indicavam que nem tudo estava em perfeita ordem. Seria a anunciação de mais um gol de barriga?

E foi. A partida não precisou de traços épicos, como no jogo contra o São Paulo – até porque ‘’haja coração’’ -, mas a vitória não foi fácil. Os argentinos dominaram o jogo em sua totalidade partindo pra cima dos tricolores em busca da vitória necessária e bastou ao Fluminense encontrar os espaços deixados pelos defensores e conquistar a vitória tão desejada.

Além disso, a sorte de campeão, que nos acompanha desde o início do torneio, estava no Maracanã e mais uma vez sentada ao lado do arqueiro das três cores. Fernando Henrique era um muro de cimento flexível. As defesas lembram os grandes goleiros de nossa história e aproximam cada vez mais FH de entra neste arquivo.

A vitória foi de três gols a um, placar que representa mais do que a classificação para a final da libertadores. Significa a redenção olímpica de um clube centenário, que completa uma década do maior vexame de sua história e mostra o quanto é gigante em recuperar-se e chegar na decisão continental como favorito a taça.

Parafraseando o profeta, podemos dizer, sim, ‘’do caos à liderança’’.

A cada jogo o sonho americano aproxima-se da massa pó de arroz. Ela merece.

No mais, mostramos que para ganhar do Fluminense não se pode ter o tamanho de uma caixa de bombons, pois o Maracanã é para poucos.

Cala-te Boca. Avante, faltam duas.