quarta-feira, julho 16, 2008

Orgulho de SER Tricolor


Não se pode encarar a derrota do dia 2 de julho como um fracasso total. É certo de que depois daquela última defesa do goleiro equatoriano a esperança de milhões foi queimada, virando,por fim, cinzas.

Confesso que esse que vos escreve não conseguiu chorar de tanta tristeza. Foi um sentimento mais forte do que tudo. Algo que me fez parar por um instante e pensar na tragédia que ocorria sob meus olhos. ''Deus errou''.

Nós tricolores morreremos por alguns instantes.

Apesar disso, o que nunca virará poeira é a épica campanha que o Fluminense traçou até aquele momento.

A melhor campanha de um time na primeira fase. Após isso, a confirmação do favoritismo contra o time da Colômbia. Nas quartas, o gigante Brasileiro: São Paulo. Desacreditado, venceu em um jogo cardíaco, daqueles que são eternizados após o apito final do homem de preto. Nas semifinais, a pedra no sapato dos Brasileiros: Boca Juniors, o papão. Este jogo merece um parágrafo a parte, já que não tínhamos Pelé para derrubá-los, e, apesar disso, triunfamos.

A peleja contra o time argentino ficará na memória de qualquer pó de arroz. Aliás, de qualquer amante do futebol, afinal o Brasil se mobilizou para receber aquela batalha. O país só falava daquilo. Os críticos lançavam suas apostas antes do começar da segunda partida e apontavam o time de Riquelme como favorito, mesmo com o retrospecto positivo do Fluminense dentro de sua casa. Resultado: calamos o Boca e surpreendemos o Mundo.

E o dois de Julho chegou. Com ele, a maior festa que o Maracanã já viu. O estádio Mário Filho nunca pulsou tanto. Nunca, repito. E a alegria terminou com um segundo ''Maracanazo'', este capaz de fazer sombra ao de 1950.

Lembrei, quando retornava para casa, em meio aos destroços de uma guerra perdida, que após o Waterloo brasileiro, o país tornou-se a maior potência futebolística do planeta. Não que meu coração tenha se enchido de esperança novamente. Ainda não. O golpe foi duro e está cicatrizando aos poucos. Mas a sensação de que o clube poderia dar a volta por cima novamente, fez com que alguns dias depois o discurso otimista retornasse as conversas fiadas. O sorriso voltou ser estampado nos lábios. Além do fato de nunca uma derrota ter sido tão linda como foi a do dois de julho de 2008.

O orgulho de ser tricolor voltou ao peito esquerdo de cada fiel. E isso vale mais que um título.