quinta-feira, janeiro 22, 2009

Maquinista Renê


Maquinista Renê

Um time, antes de tudo, necessita de um líder para alcançar glórias e principalmente para evitar derrotas arrasadoras. Na hora que a situação aperta e o nervosismo toma conta dos nervos dos soldados, apenas a palavra do general certo pode acalmar os ânimos e fazer todos mergulharem na harmonia necessária à retomada dos trilhos.

Um senhor bigodudo foi diretamente responsável por endireitar esse trem chamado Fluminense. Maquinista experiente: Jamaica, Coritiba e escrete feminino, que belo currículo.

Era meio do ano e nossa locomotiva, que estava de vento em poupa, ou melhor, a todo carvão, pela ferrovia americana, descarrilou após a passagem no Equador. Guerrón e cia. trataram de desacelerá-la e jogar os vagões junto com seus passageiros, fora da linha.

Derrota incicatrizável.

Equipe, torcida, técnico, todos, inevitavelmente, todos foram jogados a nocaute junto aos trilhos. A esperança que os torcedores carregavam no peito tricolor, foi cortada pelo desespero com a debandada de jogadores para o exterior e a inércia na tabela de classificação. Laranjeiras respirava ares caóticos semanas após o waterloo, culminando na não resistência do destemido técnico gaúcho. Veio um sucessor, que logo pediu as contas. A única luz em meio à escuridão era da lanterninha, que carregávamos desde o início da competição, em virtude de um planejamento - bom...

Questão técnica? Longe disso; o emocional estava transtornado!

Aí que entraria o bigodudo.

Não sei de onde tirou a o 'Master Mind' - talvez em ares jamaicanos, onde todos são mestres na filosofia do ''cause every little things, is gonna be allright'' - mas ela caiu como uma luva. Bob Marley não faria melhor.

O desfigurado Fluminense retomou a coragem de tempos atrás e diante das dificuldades técnicas, devido a falta de elenco, lutou bastante até o final, sendo, por fim, premiado com o passaporte a Sul-americana.

A serenidade era a cara do time. A harmonia em pró da recuperação era visível em campo, onde o coletivo fora posto acima de tudo. O trem era a cara do Maquinista.

O calendário rodou a folhinha, e com isso vieram novos vagões para recompor as perdas, e este, aos poucos, vai ganhando liga. O papel do maquinista mudou também. Agora que o retirou das ruínas, possui a função de jogar carvão e partir a todo vapor em busca de títulos no fim desse trilho. Equilíbrio e continuar seguindo a linha de trabalho. Estamos no caminho certo. Piuí – Piuí !

200inove: o segredo está no equilíbrio (palavra-chave), como um trem que sempre segue o traço rumo ao objetivo final.