segunda-feira, agosto 06, 2007

"A Arte da Guerra e o Fluminense"


Amigos,

Estava passando em frente ao metrô do Largo do Machado domingo, na procura de um folhetim esportivo na banca que reside próxima a sua entrada. Cheguei à banca e comecei a observar as diferentes obras literárias que estavam naquela parte de livros de bolso que todo jornaleiro possui. Passei pelos nacionais, pelas piadas e estrangeiros, até que meus olhos pararam para observar um livro com capa roxa, e de nome forte: "A Arte da Guerra".
Já havia ouvido falar daquele livro e resolvi antes de me encaminhar ao maracanã para o jogo de ontem a tarde com o Palmeiras, olhar seu prefácio para me enturmar um pouco mais sobre as idéias da obra.
Desbravando aquela orelha da capa me encontrei com a seguinte frase: "Um chefe deve empregar táticas variadas de acordo com os tipos de terreno..". Refleti na oração e percebi que aquela podia ser a teoria que nosso comandante Renato estava querendo empregar em nosso exército. Um time que estivesse preparado para qualquer obstáculo que pudesse surgir pela frente. Muito bem, até ai o líder está perfeito em seus aspectos táticos. Porém, há um antigo provérbio do futebol que bate de frente com essa linda e poética frase. Ela se resume ao dito: "Time que está ganhando não se mexe". Isso é lei. E lei são para serem seguidas. Renato infligiu-a de maneira drástica e insensata.
Nosso líder ganhou a Copa do Brasil usando o 4-4-2 como estrutura do time. Tinha dois criadores na meiuca, Cícero e Carlos Alberto, e dois volantes carregadores de piano, Arouca e o guerreiro Fabinho. O quarteto que não era mágico, mas era regular e principalmente humilde e esse foi o segredo do Fluminense para conquista do Brasil. A regularidade.
Outro aspecto ruim que nota-se num breve diagnóstico do Fluminense é que estamos mais tentando não sofrer gols do que fazê-los. Amigos, isso é para clubes de menor porte não para o Campeão do Brasil. E continuando a ler a orelha literária, estava lá o que pensava e defendia: "A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante". Ponto final.
Depois disso, guardei o livro na prateleira, peguei meu jornal e rumei ao Maracanã. Lá minhas hipóteses viraram leis junto as profecias de Sun Tzu. Onze guerreiros que só se encontraram na batalha ao tentar a ofensividade da vitória. Pena que o ímpeto foi tardio, só na segunda etapa, e sem competência nos arremates.
Renato Gaúcho leia a Arte da Guerra antes da próxima partida e volte a ser o velho General que conhecemos na conquista do Brasil. A nação Tricolor agradece.