terça-feira, maio 27, 2008

Travessura Épica


Travessura Épica

Foi a mais linda vitória do ano. Aliás, foi a mais bela do século. Sim, meus caros, falo da épica vitória que aconteceu na última quarta-feira, dia 21 de maio no maior do mundo.

O jogo daquela noite guardou traços de heroísmo, drama, tragédia e felicidade. Uma aquarela de sentimentos, digna de um quadro de Picasso. A alegria que contagiou as arquibancadas do Maracanã pós jogo pintou o sorriso daqueles mais antigos, acostumados às belas atuações das máquinas do passado, e o choro de emoção de pequenos tricolores, que debutavam em grandes decisões.

O jogo começou nervoso e estava até os quarenta e seis minutos do segundo tempo.

Todos os olhares em direção a área do São Paulo. Thiago Neves lança a bola como se fosse com as mãos santas de Bird. Ela voa por segundos intermináveis.

A torcida prende a respiração.

O coração valente pulsa. A esperança dos tricolores transformasse em euforia. O inacreditável havia acontecido. A cabeçada do guerreiro matador era responsável por escrever mais um capítulo na gloriosa história do clube pó de arroz. Mais uma vez ao apagar das luzes, o Fluminense conseguia o impossível.

Renato, que foi responsável por um dos gols mais emblemáticos da história do futebol, se joga ao gramado agradecendo o milagre, cena que se transformou na síntese do que ocorria no restante do Maracanã.

Naquela hora, senhores, o divino estava presente. Gravatinha havia feito mais uma de suas travessuras e estava sentado na baliza olhando a linda festa que a torcida mais bonita do mundo fazia.

sábado, maio 17, 2008

Fio de Esperança nos corações Tricolores

Fio de Esperança nos corações Tricolores

Amigos, a peleja nunca está perdida antes das trombetas apontarem à vitória de um dos combatentes.

A primeira batalha pelas Américas terminou com a vitória do time das três cores de São Paulo, entretanto o score da partida não traduziu o que realmente aconteceu no Morumbi naquela quarta à noite.

A libertadores, tricolores, é uma competição que tem como característica a imagem do combatente latino americano, seja nos gramados ou nas canchas pelas bomboneras da vida. E meus caros, todos viram que essa faceta foi encarnada pelos fiéis que compareceram na capital paulista para apoiar o Fluminense à vitória. As almas de San Martin e Bolívar estavam na torcida pó de arroz, era ululante.

Nada conseguiu deter aquela hinchada que cuspia fogo pelas ventanas. A começar pela infeliz tentativa dos homens de capacete branco. Tentaram de tudo: xingaram, bateram, provocaram, cuspiram, atrasaram a entrada para o combate, jogaram suas flâmulas fora (abre parênteses) inclusive, senhores, uma bandeira que ironicamente tinha o retrato do gênio que décadas atrás escrevera história conquistando dois mundiais pelo SPFC e que, por graça de Deus, era tricolor de coração. Sim, amigos, uma heresia foi cometida. Telê Santana teve sua bandeira jogada na lixeira do Morumbi, em virtude da incompetência das autoridades locais, junto ao tratamento que aquele clube dá aos seus visitantes (fecha parênteses), enfim, meus caros, humilharam-os de todas as formas possíveis e inimagináveis. A covardia imperou na capital paulistana. Porém nada disso foi suficiente.

A alma libertadora estava impregnada no coração daquela gente, que mesmo desarmados de seus instrumentos, cantarolava o tempo todo o seu amor clubístico, situação que deixou qualquer são-paulino boquiaberto.

‘’Seriam eles malucos?’’. Talvez. A paixão é uma forma de loucura moralmente aceita.

Esta torcida saiu de lá machucada, é verdade, por tudo que acontecera dentro e fora de campo. Apesar disto, seu coração pulsava libertadores e, aliado isto, a esperança nos outros noventa minutos do jogo do Rio. A luta ainda não estava perdida, pensava ela.

Não precisa ser um vidente para saber que o Maracanã na próxima quarta-feira transbordará emoção e, por isso, meus caros, nenhum combatente pode deixar seu lugar vazio.

O Fio de Esperança estará nas arquibancadas, torcendo pelo seu clube de coração. Junto a ele, outros muitos empurrarão o time a mais uma glória.

Guerrilheiros, a hora é essa. Agora é guerra.