Estádio Mário Filho, palco de inúmeros jogos e casa do maior clássico mundial: o Fla-Flu.
Dia de Fla-Flu é daquele jeito: multidão começa a ficar nervosa já no almoço, os comentários e provocações rolam sem parar nas mesas de bar e ruelas cariocas, um alvoroço. É uma camisa tricolor ou rubro-negra ostentada com orgulho a cada esquina, um andar de tensão misturado com emoção por todo o Rio de Janeiro.
Ah, o Fla-Flu. Segundo gregos e troianos o maior espetáculo da terra, antes assistido por 150, 180 mil pessoas, e hoje limitado a meros 90 mil felizardos torcedores que adquirem o espírito, a alma de decisão daquela batalha futebolística, antes, muito antes da final física nos campos.
Todo Fla-Flu é uma final, seja ele amistoso, jogo comemorativo ou final da taça Guanabara. Não se bota em jogo apenas os três pontos, mas sim toda uma história centenária, a tradição e o racha que acabou fundando a escola de futebol na Gávea.
Amanhã, o Rio de Janeiro é o Maracanã. Tudo estará voltado para o templo do futebol mundial. Se não transbordará torcedores como nos velhos tempos, a paixão e o amor pelos dois times escorrerão pelos alicerces do santuário e isso já é suficiente para ser um jogo importante.
''Mas os times serão reservas!'' – diz um sujeito para mim, ainda com dúvidas se irá ao duelo.
Respondo-o sem hesitação alguma: '' Meu caro, enquanto houver 11 mantos para cada lado e uma pelota no centro do campo, há futebol, aliás, há Fla-Flu, algo superior a qualquer sentimento, seja ele futebolístico ou humano.
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