sábado, fevereiro 23, 2008

Um ponto com honra e raça


Um ponto com honra e raça

Após vinte e três anos o tricolor das Laranjeiras retorna a maior competição do continente. Na primeira partida já é possível ver que a banda americana toca bem diferente. Viagem, clima, altitude, torcida e tipo de jogo são alguns dos obstáculos que o Fluminense encarou em Quito, onde conseguiu um excelente resultado de zero a zero.

‘’Excelente?’’

Sim. Esse um ponto honrado e simplório foi resultado de um primeiro tempo em que a equipe brasileira foi massacrada em campo. O LDU deu as ordens no estádio Casa Blanca, mandando e desmandando por todos os setores do gramado, porém conseguiu a proeza de desperdiçar todas as chances possíveis e impossíveis nas conclusões a gol.

Uma, aliás, merece um comentário a parte.

Aquele lance notável que o arqueiro Fernando Henrique defendeu uma seqüência interminável de bolas lembrou, com ressalvas é claro, o lendário Rodolfo Rodrigues. O uruguaio, assim como FH, foi maior que o gol. Os equatorianos davam petardos, bombas e bicicletas e lá estava o goleiro tricolor para obstruir tudo. Um gigante e o principal destaque do jogo.

No segundo tempo, Renato tirou da manga Cícero e formou, na opinião desse datilógrafo que vos escreve, a melhor formação para o atual elenco tricolor. Ah, é claro que eu tiraria o Ygor, antes que me pergunte.

O time ficou solto em campo. A mobilidade dos dois segundo – volantes foi essencial para que o Fluminense equilibrasse e até mesmo dominasse a partida em certos momentos, como no lance que o goleiro estrangeiro teve que espalmar a bola fora da área – pela FIFA, expulsão clara – para evitar o gol, sendo punido apenas com o cartão amarelo.

Fora esse episódio, o jogo manteve-se igual até o fim, o que culminou num empate frustrante para os equatorianos e honroso para os tricolores, que apesar das dificuldades incorporaram o espírito guerreiro da Libertadores das Américas. Ao menos no segundo tempo.

Uma boa reestréia.

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